Novembro chega e, com ele, a lembrança anual de um dos temas mais delicados da saúde pública brasileira: o câncer de próstata. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse tipo de tumor ocupa a segunda posição entre os mais diagnosticados no país, representando cerca de 30% dos casos registrados em homens.
Apesar dos avanços na medicina e das campanhas de conscientização, o tabu em torno da saúde masculina ainda é um obstáculo significativo, e é justamente aí que o Novembro Azul ganha força. A campanha é um chamado à responsabilidade, ao cuidado e à quebra de preconceitos.
Mas antes de entender os motivos que afastam tantos homens dos consultórios médicos, é importante compreender o que é o câncer de próstata e por que sua detecção precoce é tão crucial.
O que é a próstata e como o câncer se manifesta
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, localizada abaixo da bexiga e à frente do reto. Sua principal função é produzir parte do líquido que compõe o sêmen, contribuindo para a nutrição e transporte dos espermatozoides.
Com o avanço da idade, especialmente após os 50 anos, essa glândula pode sofrer alterações, algumas benignas e outras malignas, como o câncer de próstata. O tumor costuma evoluir de forma silenciosa. Em muitos casos, não apresenta sintomas nas fases iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce.
Quando os sinais aparecem, podem incluir:
- Dificuldade para urinar;
 - Jato fraco de urina;
 - Necessidade de urinar com frequência (especialmente à noite);
 - Dor na região lombar ou pélvica;
 - Em estágios mais avançados, sangue na urina ou no sêmen.
 
Principais fatores de risco e formas de se cuidar
A idade é o principal fator de risco para o câncer de próstata. Quanto mais avançada, maior a atenção necessária. Ter casos da doença na família também acende o alerta, assim como o excesso de peso.

Por isso, manter o corpo ativo e o peso sob controle é uma das formas de se proteger contra formas mais agressivas da doença.
Mas os cuidados vão além da balança. Adotar hábitos saudáveis no dia a dia, como praticar atividades físicas, manter uma alimentação equilibrada, evitar o consumo excessivo de álcool e não fumar, ajuda não só a reduzir o risco de câncer de próstata, mas também de outras doenças crônicas que afetam a saúde masculina.
Como é feito o diagnóstico do câncer de próstata
O câncer de próstata pode ser silencioso, mas a medicina dispõe de ferramentas eficazes para identificá-lo precocemente. Os exames mais comuns são o PSA (Antígeno Prostático Específico) e o toque retal, que devem ser feitos anualmente por homens com idade a partir de 50 anos, podendo começar antes a depender de fatores de riscos apontados acima.
O PSA é feito por meio da coleta e análise do sangue a fim de medir a quantidade de antígeno prostático, uma proteína produzida pela próstata e encontrado na corrente sanguínea e no sêmen. Níveis elevados dessa proteína podem indicar alterações na próstata.
Já o toque retal tem a função de conferir o tamanho, o volume, a textura e a forma da próstata. Por isso ele é insubstituível. Em condições normais, a próstata apresenta a mesma consistência da ponta do nosso nariz. Porém, em casos de câncer, ela costuma ser bem dura.
Para ilustrar, imagine se surgisse uma “pedrinha” ou um calombo debaixo da pele do seu nariz? Você facilmente perceberia apalpando-o. Essa é função do urologista ao realizar o “exame de toque”.
Mas afinal, por que tantos homens ainda evitam o exame de próstata?
Apesar de ser um exame simples, rápido e indolor, o toque retal ainda é cercado por preconceitos e tabus que afastam muitos homens do consultório médico.
Questões culturais, como a ideia de que cuidar da saúde é sinal de fraqueza, somadas ao medo do diagnóstico e à falta de informação, contribuem para que um em cada três brasileiros nunca tenham feito o exame e nem pretendam fazer, segundo o Instituto levantamento do Hospital do câncer Antônio Cândido de Camargo.
Além disso, muitos homens só procuram ajuda médica quando os sintomas já estão avançados, o que compromete as chances de cura.
E o que está sendo feito para mudar esse cenário?
Para enfrentar esse desafio, campanhas como o Novembro Azul têm se tornado fundamentais. A iniciativa busca quebrar estigmas e incentivar o autocuidado masculino aumentando a procura por exames preventivos e reduzindo o preconceito em torno do toque retal.

A recomendação atual é uma abordagem mais personalizada entre médico e paciente, com base em sintomas ou fatores de risco, como histórico familiar. Essa orientação busca equilibrar os benefícios do diagnóstico precoce com os riscos de tratamentos desnecessários, respeitando a individualidade de cada caso.
O papel essencial do médico de família
Nesse contexto, o médico de família assume um papel estratégico. Por estar inserido na rotina de cuidados da Atenção Primária à Saúde, ele é muitas vezes o primeiro profissional a ouvir queixas, identificar sinais e orientar o paciente sobre os próximos passos.
Além disso, é ele quem pode construir uma relação de confiança com o homem, ajudando a quebrar tabus e promovendo o autocuidado de forma contínua, direcionando o paciente sobre a importância de cada exame.
Lembrando: O médico de família não substitui o urologista. Ele identifica se há a necessidade de acompanhamento do especialista e indica ao paciente de acordo com a exigência do caso. Isso serve para o encaminhamento a urologista e especialistas de qualquer outra área.
A vantagem é que essa proximidade do médico de família com o paciente permite a identificação de problemas e soluções de forma mais ágil e com resultados mais eficazes.
Cuide-se com o AMS
O AMS oferece uma rede completa de apoio à saúde masculina. Por meio do Programa Meu Médico, você pode contar com acompanhamento contínuo e orientação personalizada nas Clínicas Doutor PASA e Espaços APS.
Além disso, nossa rede credenciada está à disposição para realizar consultas e exames, esclarecer dúvidas e garantir que você tenha acesso ao cuidado que merece.
Aproveite o Novembro Azul para dar esse passo importante. Entre em campo para cuidar de si mesmo. Você merece ter saúde!
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