A mpox, uma doença viral, tem ganhado destaque pelo impacto significativo na saúde pública e pela necessidade de medidas específicas de prevenção. Até o momento, foram notificados 945 casos confirmados ou prováveis no Brasil, sendo a região Sudeste a mais afetada, concentrando 80,7% (763) dos casos.
O estado de São Paulo lidera com 487 casos (51,5%), seguido pelo Rio de Janeiro com 216 (22,9%), Minas Gerais com 52 (5,5%) e Bahia com 39 (4,1%). Já nos estados do Amapá, Tocantins e Piauí, não houve registros de casos confirmados ou prováveis.
Os municípios mais atingidos incluem São Paulo (343 casos), Rio de Janeiro (160), Belo Horizonte (43), Salvador (28) e Brasília (20). O perfil predominante dos infectados é de homens (94,9%), em sua maioria na faixa etária de 18 a 39 anos (75,7%).
O que é a Mpox?
Trata-se de uma zoonose causada pelo vírus do gênero Orthopoxvirus, conforme define a Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa doença se manifesta principalmente por erupções cutâneas que surgem no rosto, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, podendo se estender para outras áreas do corpo.
O vírus possui duas variantes geneticamente distintas: a da África Ocidental e a da Bacia do Congo (África Central). A variante da África Ocidental, apesar de ainda ser motivo de preocupação, geralmente resulta em uma forma menos severa da doença. Em contraste, a variante da Bacia do Congo está associada a um maior risco de complicações e uma taxa de mortalidade mais elevada.
O vírus não se restringe à transmissão entre pessoas; ele pode ser passado por meio do contato direto com sangue, fluidos corporais ou lesões de animais infectados. Entre pessoas, a transmissão ocorre principalmente por contato direto com as lesões cutâneas ou por meio de objetos contaminados, como roupas de cama e utensílios de uso comum.
Sintomas e Cuidados
A Mpox se apresenta com uma variedade de sintomas que podem diferir em gravidade. Os mais frequentes incluem lesões cutâneas, chamadas de erupções, que costumam surgir no rosto, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, podendo também se espalhar para outras áreas do corpo. Além das erupções, é comum o aumento dos gânglios linfáticos (linfonodos inchados), acompanhado de dor de cabeça, dores nas costas, dores musculares, febre, calafrios e cansaço.
Dado o modo de transmissão do vírus, é crucial adotar medidas preventivas para minimizar o risco de contágio. Se houver suspeita de infecção, é recomendado procurar uma clínica da família ou um centro de saúde municipal o mais rápido possível. Durante esse período, é essencial usar máscara para proteger outras pessoas e cobrir as lesões o máximo possível com roupas compridas e sapatos fechados.
Isso ajuda a reduzir a chance de transmitir o vírus, que pode ser passado por contato direto com as lesões ou por meio de objetos contaminados. Além disso, evitar o contato físico próximo e manter uma boa higiene das mãos são práticas importantes para prevenir a disseminação da doença.
Transmissão da Mpox
Em humanos, a disseminação ocorre frequentemente por meio de contato direto com erupções cutâneas ou fluidos corporais, como pus ou sangue das lesões. Objetos contaminados, como toalhas, roupas de cama e utensílios de cozinha, podem atuar como veículos de transmissão, particularmente se tiverem contato com áreas afetadas. As crostas das lesões são particularmente infecciosas, demandando cautela ao manusear materiais potencialmente contaminados.
Além disso, o vírus pode ser transmitido de uma gestante para o feto por meio da placenta, representando um risco significativo durante a gravidez. Após o nascimento, a infecção pode ser passada de um progenitor para a criança durante o contato pele a pele, seja no parto ou nos primeiros momentos de vida. Embora não esteja totalmente claro se pessoas sem sintomas podem transmitir a doença, adotar rigorosamente as medidas preventivas ajuda a reduzir o risco de propagação.
Tratamento
Embora a maioria dos casos se resolva por conta própria, é essencial gerenciar os sintomas adequadamente para prevenir possíveis complicações. Recomenda-se manter as lesões limpas e cobertas, evitando o contato direto com as feridas.
Em casos mais graves ou para prevenção de complicações, o antiviral tecovirimat (TPOXX), aprovado pela OMS em 2022, pode ser utilizado. Este medicamento foi desenvolvido inicialmente para tratar a varíola, mas demonstrou eficácia também contra a Mpox. A atenção clínica deve se concentrar em aliviar os sintomas e monitorar possíveis complicações, garantindo uma abordagem completa e eficaz para a recuperação.
Busque apoio profissional
A Mpox exige uma abordagem cuidadosa e medidas específicas para controlar sua disseminação. Seguir práticas rigorosas de prevenção, como o uso de máscaras, cuidados com lesões e a higienização de objetos e ambientes, é fundamental. Manter-se informado sobre sintomas e modos de transmissão permite agir rapidamente em caso de infecção.
A comunicação contínua e a adesão às orientações de saúde pública são essenciais para proteger não apenas a sua saúde, mas também a das pessoas ao seu redor. Essas ações ajudam a reduzir a propagação da doença e contribuem para a segurança da comunidade.
Em caso de sintomas da MPOX, procure uma das nossas clínicas ou nossa rede credenciada.